quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Vampire Kisses -- 2° Capitulo

Eu só tenho uma amiga em Dullsville – uma fazendeira, Fanny Keyes Rizar, que ainda é menos popular do que eu.
Eu estava na terceira série quando oficialmente a conheci.
Sentada nos degraus da escola esperando que minha mãe viesse me pegar (atrasada como sempre).
Eu notei uma menininha nos degraus de baixo, chorando como um bebê.
Ela não tinha nenhum amigo, por ser tão tímida e viver no lado leste das estradas.
Ela era uma das poucas fazendeiras da nossa escola e sentava duas filas atrás de mim na classe.

Kayla: Oque foi? – Perguntei me sentando do lado dela.
Fanny: Minha mãe me esqueceu! -  Uma lagrima correu pela sua face.
Kayla: Não, ela não te esqueceu. – Falei tentando consolar ela.
Fanny: Mais ela nunca ficou tão atrasada.
Kayla: Sempre tem uma primeira vez, vai ver também que ela ficou agarrada no transito.
Fanny: Você acha? – Disse meio confusa.
Kayla: Claro! Ou talvez ela tenha recebido uma ligação daqueles vendedores que sempre perguntam “sua mãe está em casa?”.
Fanny: Sério?
Kayla: Acontece o tempo todo. Ou talvez ela tenha parado para comprar comida e a fila do 7-Eleven estava muito longa.
Fanny: Ela faria isso?
Kayla: Porque não, você tem que comer, não tem? Então não tema, logo ela vai estar aqui.

Confirmando as minhas certezas, uma picape azul chegou com uma mãe se desculpando e um amigável cachorro.

Fanny: Minha mãe disse que você pode ir para a minha casa no sábado se seus pais não se importarem. - Disse, correndo de volta para mim.

Nunca ninguém havia me convidado para ir à sua casa antes. Eu não era tímida como a Fanny, mas apenas não era popular. Eu sempre estava atrasada para escola por dormir de mais, eu usava óculos escuros na classe, e eu tinha opiniões, tudo totalmente atípico de Dullsville.

[...]

Eu tinha 11 anos quando minha família foi para Nova Orleans, passar as férias. Mamãe e papai queriam jogar blackjack no casino Flamingo riverboat.
O Garoto Nerd queria ir para o aquário.
Mas eu sabia para onde iria: Eu queria visitar a casa onde Anne Rice nasceu, as casas históricas que ela restaurou e a mansão que ela agora chamava de casa.
Eu fiquei lá parada, deslumbrada, do lado de fora dos portões de ferro de uma mega-mansão gótica, minha mãe (minha escudeira não convidada) ao meu lado.
Eu podia sentir os corvos voando sobre minha cabeça, mesmo que provavelmente não houvesse nenhum.
Era uma pena eu não ter vindo à noite – teria sido tão mais bonito.
Muitas garotas que se pareciam comigo estavam do outro lado da rua, tirando fotos, eu quis correr até elas e dizer “Sejam minhas amigas! Nós podemos fazer um tour pelos cemitérios juntas!”.
Foi à primeira vez na vida em que senti que pertencia a alguma coisa.
Eu estava na cidade onde eles empilhavam os caixões para que todos pudessem ver, em vez de enterrá-los terra afundo.
Havia caras da faculdade com cabelo louro espetado dividido ao meio. Pessoas descoladas estavam em todo legar, exceto na Rua Bourbon, onde os turistas pareciam ter saído de Dullsville.
De repente, uma limusine preta parou na esquina.
A limusine mais preta que eu já vi.
O motorista, com aquele chapéu preto de chauffeur e tudo mais, abriu aporta e ela saiu!
Eu pirei e assisti, sem-ação, como se o tempo tivesse parado.
Bem diante dos meus olhos estava a minha ídola entre todos os meus ídolos vivos, Anne Rice.
Ela brilhava como uma estrela de cinema, um anjo gótico, uma criatura dos céus.
Seu longo cabelo preto flutuava e balançava.
Ela usava uma faixa dourada na cabeça, uma longa saia de seda e uma capa escura que parecia de vampiro.
Eu estava sem palavras.
Achei que fosse entrar em estado de choque.
Felizmente, minha mãe nunca fica sem palavras.

Mãe: Minha filha poderia ter um autografo seu?
Anne Rice: Claro, porque não? E quem é sua filha?
Mãe: Essa da qui! – Disse pra mim.
Anne Rice: Nossa, amei você, amei seu estilo, você é muito linda.
Kayla: O-obriga! - Nesse exato momento eu fiquei louca, a Anne Rice me chamou de linda mesmo.

Depois de ela ter assinado um post-it amarelo que minha mãe achou na bolsa, a estrela gótica e eu ficamos lado a lado, sorrindo, o braço dela na minha cintura.
Anne Rice concordou em tirar uma foto comigo!
Eu nunca havia sorrido assim na vida.
Ela provavelmente sorriu como havia feito milhões de vezes antes.
Um momento que ela nunca vai lembrar, um momento que eu nunca vou esquecer.
Porque eu não disse a ela que amo seus livros?
Porque eu não disse a ela o quanto significa para mim?
Que eu achava que ela lidava com as coisas de um jeito que ninguém mais fazia?
Eu gritei de felicidade pelo resto do dia, reencenando a cena de novo e de novo para o meu pai e o Garoto Nerd. 
Era nosso 1ª dia em Nova Orleans e eu estava pronta para ir para casa.
Quem se importava com um estúpido aquário e Mardi Gras quando eu tinha acabado de ver um anjo vampiro?
Eu esperei o dia todo para revelar o filme, só para descobrir que a minha foto com Anne Rice não saiu.
Triste, eu voltei ao hotel com minha mãe.
Mesmo eu e ela já termos aparecido em fotografias separadamente, seria possível que a combinação de 2 amantes de vampiros não pudesse ser fotografada?
Ou talvez fosse uma lembrança que ela era uma brilhante autora de best-sellers e eu era apenas uma criança escandalosa e sonhadora passando por uma fase sombria.
Ou talvez fosse apenas porque minha mãe é uma péssima fotógrafa.


Continua *-*

Calma Stories Belieber, o Justin logo vai aparecer. Primeiro entada o motivo de ele estar na historia, o começo de tudo.

Um comentário: