Eu
estava na terceira série quando oficialmente a conheci.
Sentada
nos degraus da escola esperando que minha mãe viesse me pegar (atrasada como
sempre).
Eu
notei uma menininha nos degraus de baixo, chorando como um bebê.
Ela
não tinha nenhum amigo, por ser tão tímida e viver no lado leste das estradas.
Ela
era uma das poucas fazendeiras da nossa escola e sentava
duas filas atrás de mim na classe.
Kayla:
Oque foi? – Perguntei me sentando do lado dela.
Fanny:
Minha mãe me esqueceu! - Uma lagrima correu pela sua face.
Kayla:
Não, ela não te esqueceu. – Falei tentando consolar ela.
Fanny:
Mais ela nunca ficou tão atrasada.
Kayla:
Sempre tem uma primeira vez, vai ver também que ela ficou agarrada no transito.
Fanny:
Você acha? – Disse meio confusa.
Kayla:
Claro! Ou talvez ela tenha recebido uma ligação daqueles vendedores que
sempre perguntam “sua mãe está em casa?”.
Fanny:
Sério?
Kayla:
Acontece o tempo todo. Ou talvez ela tenha parado para comprar comida e a fila
do 7-Eleven estava muito longa.
Fanny:
Ela faria isso?
Kayla:
Porque não, você tem que comer, não tem? Então não tema, logo ela vai estar
aqui.
Confirmando
as minhas certezas, uma picape azul chegou com uma mãe se desculpando e um
amigável cachorro.
Fanny:
Minha mãe disse que você pode ir para a minha casa no sábado se seus pais não se
importarem. - Disse, correndo de volta para mim.
Nunca
ninguém havia me convidado para ir à sua casa antes. Eu não era tímida como a
Fanny, mas apenas não era popular. Eu sempre estava atrasada para escola por
dormir de mais, eu usava óculos escuros na classe, e eu tinha opiniões,
tudo totalmente atípico de Dullsville.
[...]
Eu
tinha 11 anos quando minha família foi para Nova Orleans, passar as
férias. Mamãe e papai queriam jogar blackjack no casino Flamingo
riverboat.
O Garoto
Nerd queria ir para o aquário.
Mas eu
sabia para onde iria: Eu queria visitar a casa onde Anne
Rice nasceu, as casas históricas que ela restaurou e a mansão que ela
agora chamava de casa.
Eu
fiquei lá parada, deslumbrada, do lado de fora dos portões de ferro de uma
mega-mansão gótica, minha mãe (minha escudeira não convidada) ao meu lado.
Eu
podia sentir os corvos voando sobre minha cabeça, mesmo que provavelmente não
houvesse nenhum.
Era
uma pena eu não ter vindo à noite – teria sido tão mais bonito.
Muitas
garotas que se pareciam comigo estavam do outro lado da rua, tirando
fotos, eu quis correr até elas e dizer “Sejam minhas amigas! Nós
podemos fazer um tour pelos cemitérios juntas!”.
Foi
à primeira vez na vida em que senti que pertencia a alguma coisa.
Eu
estava na cidade onde eles empilhavam os caixões para que todos pudessem ver,
em vez de enterrá-los terra afundo.
Havia
caras da faculdade com cabelo louro espetado dividido ao meio. Pessoas
descoladas estavam em todo legar, exceto na Rua Bourbon, onde os turistas
pareciam ter saído de Dullsville.
De
repente, uma limusine preta parou na esquina.
A
limusine mais preta que eu já vi.
O
motorista, com aquele chapéu preto de chauffeur e tudo mais, abriu aporta e ela
saiu!
Eu
pirei e assisti, sem-ação, como se o tempo tivesse parado.
Bem
diante dos meus olhos estava a minha ídola entre todos os
meus ídolos vivos, Anne Rice.
Ela
brilhava como uma estrela de cinema, um anjo gótico, uma criatura dos céus.
Seu
longo cabelo preto flutuava e balançava.
Ela
usava uma faixa dourada na cabeça, uma longa saia de seda e uma
capa escura que parecia de vampiro.
Eu
estava sem palavras.
Achei
que fosse entrar em estado de choque.
Felizmente,
minha mãe nunca fica sem palavras.
Mãe:
Minha filha poderia ter um autografo seu?
Anne
Rice: Claro, porque não? E quem é sua filha?
Mãe:
Essa da qui! – Disse pra mim.
Anne
Rice: Nossa, amei você, amei seu estilo, você é muito linda.
Kayla:
O-obriga! - Nesse exato momento eu fiquei louca, a Anne Rice me chamou de linda
mesmo.
Depois
de ela ter assinado um post-it amarelo que minha mãe achou na bolsa, a estrela gótica e
eu ficamos lado a lado, sorrindo, o braço dela na minha cintura.
Anne
Rice concordou em tirar uma foto comigo!
Eu
nunca havia sorrido assim na vida.
Ela
provavelmente sorriu como havia feito milhões de vezes antes.
Um
momento que ela nunca vai lembrar, um momento que eu nunca vou esquecer.
Porque
eu não disse a ela que amo seus livros?
Porque
eu não disse a ela o quanto significa para mim?
Que
eu achava que ela lidava com as coisas de um jeito que ninguém mais fazia?
Eu
gritei de felicidade pelo resto do dia, reencenando a cena de novo e de novo
para o meu pai e o Garoto Nerd.
Era
nosso 1ª dia em Nova Orleans e eu estava pronta para ir para casa.
Quem
se importava com um estúpido aquário e Mardi Gras quando eu tinha acabado de ver um
anjo vampiro?
Eu
esperei o dia todo para revelar o filme, só para descobrir que
a minha foto com Anne Rice não saiu.
Triste,
eu voltei ao hotel com minha mãe.
Mesmo
eu e ela já termos aparecido em fotografias separadamente, seria possível
que a combinação de 2 amantes de vampiros não pudesse
ser fotografada?
Ou
talvez fosse uma lembrança que ela era uma brilhante autora
de best-sellers e eu era apenas uma criança escandalosa e
sonhadora passando por uma fase sombria.
Ou
talvez fosse apenas porque minha mãe é uma péssima fotógrafa.
Continua *-*
Calma Stories Belieber, o Justin logo vai aparecer. Primeiro entada o motivo de ele estar na historia, o começo de tudo.
Calma Stories Belieber, o Justin logo vai aparecer. Primeiro entada o motivo de ele estar na historia, o começo de tudo.
OMB, muito perfeito, continuaaaaaa.
ResponderExcluirBy: Thais.